sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Criada pele artificial para interação entre homem e máquina


A pele humana contém células nervosas sensíveis que detectam pressão, temperatura e outras sensações que permitem interações táteis com o meio ambiente. Para ajudar os robôs e dispositivos protéticos a atingir essas habilidades, os cientistas estão tentando desenvolver peles eletrônicas. Agora os pesquisadores relatam um novo método na ACS Applied Materials & Interfaces que cria uma pele eletrônica ultrafina e elástica, que pode ser usada para uma variedade de interações homem-máquina.

Vídeo com demonstração da pele para interação homem-máquina

A pele eletrônica pode ser usada para muitas aplicações, incluindo dispositivos protéticos, monitores de saúde vestíveis, robótica e realidade virtual. Um grande desafio é transferir circuitos elétricos ultrafinos para superfícies 3D complexas e, em seguida, ter a eletrônica flexível e esticável o suficiente para permitir o movimento. Alguns cientistas desenvolveram "tatuagens eletrônicas" flexíveis para essa finalidade, mas sua produção é tipicamente lenta, cara e requer métodos de fabricação em sala limpa, como a fotolitografia. Mahmoud Tavakoli, Carmel Majidi e colegas queriam desenvolver um método rápido, simples e barato para produzir circuitos de filmes finos com microeletrônica integrada.

Na nova abordagem, os pesquisadores modelaram um modelo de circuito em uma folha de papel de tatuagem de transferência com uma impressora a laser de mesa comum. Eles então revestiram o modelo com pasta de prata, que aderiu apenas à tinta de toner impresso. No topo da pasta de prata, a equipe depositou uma liga metálica líquida de gálio-índio que aumentou a condutividade elétrica e a flexibilidade do circuito. Finalmente, eles adicionaram componentes eletrônicos externos, como microchips, com uma "cola" condutora feita de partículas magnéticas alinhadas verticalmente embebidas em um gel de álcool polivinílico. Os pesquisadores transferiram a tatuagem eletrônica para vários objetos e demonstraram várias aplicações do novo método, como controlar um braço protético robótico, monitorar a atividade muscular esquelética humana e incorporar sensores de proximidade em um modelo 3D de uma mão.


Artigo:

Pedro Alhais Lopes, Hugo Paisana, Anibal T. De Almeida, Carmel Majidi, Mahmoud Tavakoli. Hydroprinted Electronics: Ultrathin Stretchable Ag–In–Ga E-Skin for Bioelectronics and Human–Machine Interaction. ACS Applied Materials & Interfaces, 2018; 10 (45): 38760 DOI: 10.1021/acsami.8b13257

Fonte:

www.sciencedaily.com

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